O Fantasma que Falava Espanhol | Luiz Galdino N'O Reino Encantado de uma Leitora

O Fantasma que Falava Espanhol | Luiz Galdino

9 de jan. de 2017




Por Larissa Almeida     
Em 09 de janeiro de 2017

Numa ilha do litoral norte de São Paulo, quatro adolescentes buscam os destroços de navios afundados há séculos. A caça ao tesouro vai se tornando uma missão perigosa, cheia de situações inesperadas, trazendo uma surpresa após a outra. Entre as esquisitices da ilha, o fato de ter um cassarão com jeito de castelo de bruxa e de nela só morar um habitante - os antigos moradores haviam fugido, amedrontados pelo fantasma que falava espanhol.
Mais um acontecimento estranho? De repente, um tiro quase acerta a cabeça de uma das garotas... Para chegar perto dos destroços e tesouros, esses jovens vão precisar de muita coragem e determinação. E, claro, vão precisar de muita sorte para se manterem vivos!
4ª Resenha do Reino Encantado

O Fantasma que Falava Espanhol | Luiz Galdino | 2004 | FTD | 104 páginas


Minha opinião sobre este livro:

Li o Fantasma que Falava Espanhol pela primeira vez na época de escola. Nesse período, o amor pela leitura que tenho hoje em dia não se fazia presente, por isso li mais como uma obrigação e menos por prazer. Porém, anos depois, após um dia de limpeza da estante de livros, o encontrei esquecido num canto e resolvi reler.

Quatro amigos adolescentes, Marcelo, Cláudia, Tetê e Quico, viajam até uma ilha no litoral norte de São Paulo com a intenção de explorar aquele pedaço de terra quase deserto e mergulhar na procura dos destroços de um dos muitos navios naufragados daquela região. Logo que desembarcam, se surpreendem com o quão deserta a ilha era mesmo sabendo de antemão a situação do local. Pouco tempo após o desembarque, eles conhecem o Sr. Ernesto, único habitante da ilha e um hábel pescador porém bastante misterioso, carrancudo e com uma permanente expressão séria e um tanto quanto brava. Apesar da primeira impressão ruim e das ações hostis do homem, notei (assim como os personagens principais) que ele apenas não estava acostumado a conviver com outras pessoas, muito menos a se tornar o responsável pela segurança delas. Ele é um homem bastante solitário.
Após a recepção pouco amistosa, os quatro amigos ficam sabendo da existência de um castelo - um casarão antigo - com fama de mal-assombrado. Castelo esse que o Sr. Ernesto aconselha veementemente a se manterem distante.

É bem óbvio que os adolescentes não iriam respeitar a recomendação do pescador e, na primeira excursão até o castelo, Cláudia quase é atingida por um disparo de arma de fogo. Mas a ilha não era deserta? Então quem atirou na garota?
Com várias dúvidas e suspeitas permeando a mente deles, voltam para a cabana do Sr. Ernesto, assustados e desconfiados já que o pescador era o único morador da ilha e claramente os queria fora dali o mais rápido possível. Apesar da desconfiança, decidiram contar sobre o ocorrido apenas para observar a reação do homem.

Após ouvir sobre o acidente pelo qual os garotos passaram, o Sr. Ernesto decide contar a história do antigo morador do castelo, história esta que foi o motivo pelo qual os antigos moradores decidiram abandonar a ilha. De acordo com ele, o antigo morador era um alemão recluso que tinha se suicidado e justamente pela reclusão tinha levado um certo tempo para descobrirem o corpo dele. Graças a isso começou a correr o boato da mansão ser assombrada pelo fantasma alemão que buscava se vingar daqueles que ousavam passar perto de seu castelo.
Um por um, todos foram embora. Exceto o Sr. Ernesto.

- Fantasma?- interrogaram ao mesmo tempo, surpresos.
- O fantasma alemão... dizem que ele mora na casa.


Os jovens decidem então investigar se o castelo era mesmo assombrado, deixando um pouco de lado o objetivo pelo qual viajaram até ali. E é durante as investigações que ouvem sussurros do suposto fantasma falando. Só que, para enorme surpresa deles, o fantasma falava espanhol, não alemão.
Eles estavam ficando loucos e ouvindo coisas que não existiam ou o Sr. Ernesto estava mentindo e eles corriam um grande perigo ao permanecer na ilha? Afinal qual era realmente o mistério que o castelo guardava?

O Fantasma que Falava Espanhol é um livro classificado como terror só que, sinceramente, não tem muito de terror não. Os diálogos com o pescador são sempre permeados de suspense e mistério e os adolescentes são curiosos e intrometidos em excesso, na minha opinião, mas acho que isso é comum numa situação tão intrigante quanto a deste livro. Apesar de ser uma leitura rápida e um pouco bobinha, não consegui parar de ler até concluir a leitura pois o mistério que envolve o casarão conseguiu me prender.


Adicione na sua estante!

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